Wentworth Miller
Wentworth Miller
.Wentworth Earl Miller III nasceu em Chipping Norton, Oxfordshire, Inglaterra, no dia 02 de junho de 1972. É filho de Joy Marie Palm, uma professora de educação especial e Wentworth Miller Earl II, um advogado e professor. Seu pai era um “Rhodes Scholar”, ou seja tinha uma bolsa de estudo na Universidade de Oxford, no momento de seu nascimento. Sua origem é multirracial. Sua ascendência por parte do pai é Afro-Americana, Jamaicana, Inglesa, Alemã, Judaica e Cherokee e por parte da mãe é Russa, Francesa, Holandesa, Sírio e Libanês.
O nome Wentworth foi dado por sua avó. Esse nome foi inspirado na personagem Capitão Frederick Wentworth do romance Persuasão, de Jane Austen.
(Chipping Norton)
Sua família mudou-se para o Brooklyn, Nova York quando ele tinha um ano. Ele tem dupla nacionalidade. De volta a América, seu pai trabalhou como assistente de promotor público e sua mãe trabalhou como professora de educação especial. Tem duas irmãs mais jovens, Leigh e Gillian, ambas seguem a carreira de Direito.
Em uma entrevista Wentworth recordou ”… meus pais tinham regras muito rígidas, por isso eu não tinha permissão para ouvir músicas que tinham letras enquanto fazia o dever de casa. Então era música clássica ou nada...” Hoje ele gosta de Tchaikovsky. “…Eu fui criado com uma certa ética de trabalho. Se você estiver para fazer um trabalho, faça-o bem feito e sem meias medidas. Eu me lembro de meu pai dizendo uma palavra para mim quando eu saia para a escola todos os dias: “incrementos“. Cada teste, cada questionário, a cada conversa com o professor, tudo isso é adicionado à nota final, que poderá ajudar quando você for para a faculdade e o resto de sua vida. Todos os pequenos pedaços somam algo maior.”
Influenciado por esta ética de trabalho, sua primeira experiência atuando selou sua opção de carreira futura. Seu pai, inconscientemente, o inspirou a ser um ator. “Minha primeira experiência como ator foi na infância. Nós apresentamos uma peça com pequenos dinossauros… E eu era o T-Rex…. Devíamos inventar essas fantasias e a maioria das crianças veio com algum tipo de saco de papel sobre suas cabeças, mas meu pai saiu e fez uma enorme cabeça de T-Rex de papel machê…. E no dia da apresentação, quando eu percorrida o palco com essa coisa na minha cabeça, o público enlouqueceu.”
De 1986 a 1989, quando tinha entre 14 e 17 anos de idade, Wentworth frequentou a Midwood High School, ele atuaria em produções de teatro, sempre que seus pais lhe permitiam. Em 1988 aos 16 anos, já demonstrando sua inclinação artística, participou do grupo SING!, uma Produção de Teatro Musical iniciado neste colégio na década de 40 e que gera até hoje uma competicação anual entre as escolas de Nova York.
(Midwood Hight School)
No sexto ano, durante um trabalho escolar, Wentworth decidiu falar sobre sua árvore genealógica na sala de aula. Sua namorada na época não sabia que Wentworth era de raça mista e, quando lhe foi revelado disse: volte para a fazenda, ‘nigger’. Seu coração foi partido pela primeira vez. Esta não seria a primeira vez, ou a última, que a confusão sobre sua identidade racial lhe causaria angústia.
Mudando de cidade.
Enquanto estudava na Midwood High School ele vivia no bairro Park Slope próximo do Prospect Park, Brooklin, Nova York – “que era o meu universo“. Também durante este tempo seus pais tiveram mais duas filhas, o que provocou uma mudança repentina para Wentworth. Ele lembra que no Brooklyn “Tínhamos todos os tipos de pessoas. Você acotovelava-se no metrô com todas as raças, credo e religião. Meus pais estavam considerando sair da cidade. Eu tenho duas irmãs pequenas e havia a preocupação com a educação dos filhos em um ambiente urbano. Há um certo ritmo de vida em Nova York que pode ser desgastante e nós estivemos lá durante 13 anos. “
(Park Slope)
Então, em seu último ano da High School, sua família mudou-se para Sewickley (um distrito localizado no estado norte-americano de Pensilvânia ).
“Tinham ouvido grandes coisas sobre Pittsburgh e me perguntaram se eu me importaria de sair do ensino médio e eu disse que não. Eu queria ter a experiência de um ano em um colégio suburbano. A diferença entre a Midwood, com seus alunos multiculturais e Quaker Valley, era muito grande. Minha escola no Brooklyn tinha 3.000 crianças, mas bem diversificado. Quaker Valley tinha cerca de 400 alunos, no máximo. Assim a minha popularidade disparou, o que foi ótimo.
Aos 17-18 anos, entre 1989 e 1990, cursou o último ano do ensino médio na escola Quaker Valley Hight School, em Leetsdale, Pensilvânia. Enquanto isso seu pai começou a desenvolver a LEEWS (Legal Essay Exam Writing System), que tem ajudado muitos estudantes ansiosos com o difícil processo de estudar para seus exames de Direito.
Na primavera de 1990 foram publicados na Revista Literária Bittersweet de Quaker Valley High School, dois de seus contos – Lover´s Kiss e The Stairs, considerados por muitos, de excelente qualidade literária para um adolescente.
(Quaker Valley Hight School)
Ainda como um Senior na High School, visitou Princeton. … ” Eu cresci em um ambiente de muito carinho, mas conservador e esperava-se que eu iria para a faculdade e seguir ao longo de uma carreira certa. … “Princeton parecia um cartão postal e satisfez minha fantasia de como uma faculdade deveria ser.” Seus pais, ambos professores, sempre enfatizaram a importância de uma boa educação e Princeton, simplesmente, tinha o melhor a oferecer. Além disso, Wentworth acrescentou “ Minha mãe sempre gostou da idéia de um homem de Princeton.”
Após graduar-se em Quaker Valley ele matriculou-se em Princeton University.
Antes de matricular-se, Wentworth estava preocupado com seus colegas/companheiros de quarto em aceitá-lo. Como ele iria explicar o fato de ser mestiço? Será que significaria que toda vez que ele se encontrasse com alguém teria de dizer a eles? Seus pais sugeriram que ele colocasse fotos de sua família por todo o seu dormitório, se seus amigos viessem visitá-lo veriam e saberiam imediatamente. Sem explicações necessárias.
Parece que suas experiências de racismo e de crise de identidade o levaram a ganhar uma má reputação e o apelido de “Stinky“, que seguiu da escola Midwood por todo o caminho até Princeton. “Eu costumava ter uma atitude ruim, mas agora eu sou um bom menino“.
Em 1991, ainda como calouro, Wentworth interpretou o conde Von Strack, na peça Amadeus, uma produção do Teatro Intime. O jornal The Daily Princetonian, mencionou a performance de todos os atores em cena, exceto ele. Sentiu-se ofuscado por seus companheiros.
“Atuei durante todo o ensino fundamental, mas eu não percebia que atuar era mais que memorizar falas. O resto do elenco tinha formação clássica e haviam frequentado a Juilliard e Summerstock.” (*escolas de música e teatro). “Descobri que algo que eu sempre amei foi escrito em uma linguagem estranha. Pensei que, talvez, isso não era para mim.” Assim, ele decidiu fazer uma pausa no teatro para se concentrar nos estudos.
Com exceção de um período no Triangle Club*, afiliando-se em primeiro lugar ao Quadrangle Club e mais tarde ao Colonial Clube, Wentworth dedicou a maior parte do seu tempo, no último ano ao Tigertones. (*grupos de Licenciatura em artes, teatro, dança).
Nesse mesmo ano, 1991 Wentworth ilustrou o livro “Sewickleyness”, escrito por seu pai, que ironizava o comportamento burguês dos habitantes de Sewickley. Ele diz: “Algumas pessoas acharam o livro hilariante, outras não ficaram tão entusiasmadas, entretanto o projeto foi gratificante para mim, pois propiciou bons momentos ao lado de meu pai.”
Ele lutou com as ciências exatas em Princeton (incluindo “Física para Poetas) e optou por um afastamento da Universidade após o segundo ano, ficando um ano fora para resolver essas coisas. Ele passou esse tempo em Scottsdale, Arizona com seu tio, trabalhou em uma livraria como auxiliar de escritório e em restaurante mexicano como “Bus Boy” (*Meninos que recolhem a louça suja, lavam os pratos, limpam as mesas, tiram o lixo).
Ele vê esta atividade como o seu pior trabalho … “Eu tive uma breve experiência na indústria de alimentos. Eu era um Bus Boy em um restaurante mexicano no Arizona, raspava o feijão frito do prato das pessoas. Isso lhe ensina um pouco de humildade e a importância de um bom desodorizante.” Absorvendo o tédio do trabalho por um salário mínimo e de um mundo que era dificil e indiferente, retornou para Princeton com vigor revigorado e se graduou em Inglês.
Esta atitude “bad boy” trouxe-lhe problemas em Princeton, no penúltimo ano, em 1994.
Wentworth publicou, no Diário de Princeton, um cartoon sobre Cornel West, que era então um professor de estudos afro-americano mas, que tinha acabado de ser afastado de Harvard. A charge retratava Muffy, uma estudante branca de Harvard, imaginando sua primeira aula com Cornel West que está dizendo, “A palestra de hoje é intitulado ‘Rhythm – Por que nenhum de vocês tem e como obtê-lo.’ Ele também descreveu West como “newly purchased”, que foi uma maneira de falar sobre uma nova contratação. Logo “recém-comprado” foi considerado como uma referência à escravidão e dentro de alguns dias o jornal havia publicado cartas furiosas assinadas por dezenas de alunos e docentes, incluindo a romancista Toni Morrison, assembleias tinham sido convocadas e a escola mergulhou em uma dessas convulsões previsíveis de recriminação e argumentação. A história chegou ao Times e Wentworth Miller, que foi assumido por todos como sendo branco, foi transformado em uma figura controversa: o intolerante do campus. Em nenhum momento ele contou sua própria experiência, preferindo murmurar algumas frases sobre uma tentativa de satirizar os estereótipos raciais.
Wentworth recorda esses tempos turbulentos na universidade.
“Ao invés de dar um passo à frente e explicar o que eu quis dizer com o desenho e postular a minha própria formação racial como prova de que eu realmente não queria isso, optei por permanecer em silêncio. Minha atitude foi, se eu não fizer isso, não tenho que explicá-la, que era a minha maneira de dizer que se não me pegaram, eu não tenho que me explicar. As pessoas que me conheciam no campus, sabiam da minha ascendência e de onde eu estava vindo, mas acho que para a maioria das pessoas eu era apenas um nome no papel e eles provavelmente achavam que eu era branco.”
Enquanto tudo isso estava acontecendo, ele refugiou-se em seus estudos e, também, saiu em turnê com o Tigertones Princeton um grupo de canto accapela.
“Excursionamos por todo o país durante o ano e fomos para a Europa no verão. Com os centavos que nos jogavam no chapéu em cada praça nós poderíamos obter um pouco de dinheiro para o almoço. Foi apenas a melhor maneira de ver o mundo. “
Wentworth gravou dois discos com o Tigertones: “Brothers In Song”, o primeiro em 1992. O outro, e mais popular, foi o “Bachelor Days“, em 1994.
Em seu último ano, Wentworth fez sua Tese de Literatura Inglesa sobre “a idéia de duplicação e construção de identidade do gênero, baseado em Jane Eyre e Wide Sargasso Sea – “que, eu eu acho, é também uma questão de se identificar, perceber-se através dos olhos da hierarquia masculina dominante branca“. Um tema que viria a influenciar o seu trabalho como ator e passar pelo sistema de casting em Hollywood.
(*a tese, originalmente chamada de “Doubling and the Identity Construct in Charlotte Perkins Gilman’s “The Yellow Wallpaper”, Jean Rhys’s “Wide Sargasso Sea”, and “Charlotte Bronte’s” Jane Eyre” – envolveu 03 novelas – The Yellow Wallpaper de Charlotte Perkins Gilman, Jane Eyre de Charlotte Brontë e Wide Sargasso Sea de Jean Rhys).
Graduando-se em 1995 com uma Licenciatura em Literatura Inglesa, Wentworth ficou face à uma difícil decisão sobre o que fazer. “Princeton era um ambiente tão conservador que um terço da turma estava indo para a escola de medicina, um terço para a faculdade de direito ou para Wall Street. E atuar parecia ser uma proposta muita arriscada.”
Independentemente do que se esperava dele, ele decidiu mudar para Los Angeles, de forma que ele pudesse entrar na indústria do entretenimento. Seu plano – ser um executivo de desenvolvimento de entretenimento. Trabalhando nos bastidores ele seria capaz de garantir um salário estável. A preocupação sobre a vida financeiramente arriscada de um ator, finalmente, influenciou a sua escolha de carreira.
Um novo recomeço
Em Los Angeles, ele encontrou uma cultura e ambiente diferentes. Nenhuma das cenas apelou para ele e ele ainda procurava um lugar em LA – “Passei a maior parte do primeiro ano, passando fax e arquivando, trocando lâmpadas e enchimento o viveiro de peixes do chefe e os habituais trabalhos que um iniciante em Hollywood, geralmente faz. Eu era o único que chamariam nos fins de semana, se o alarme de incêndio disparava“.
“Mas todo fim de semana eu ia para o escritório porque não tinha ar condicionado em casa e estava quente, eu ficava na sala de reuniões onde montei um meio-acampamento (risos) e invadia a cozinha da empresa. Gostaria apenas de assistir a todos os nossos filmes que tínhamos em vídeo vindos de vários sets de produção. E os pensamentos começaram a surgir, e eu percebi que ainda tinha esses “o que? Se?” perguntas a responder e eu decidi sair “.
Foi assustador. Eu entrei no escritório de minha chefe e disse “Você sabe, eu vou ser um ator, e ela disse: “Bem, eu acabei de ser contratada por uma das redes como diretor de imagens e eu quero que você venha comigo como meu assistente. E isso era algo em torno de quarenta mil dólares por ano, um trabalho associado com salário fixo, na medida em que eu estava preocupado.
Eu hesitei entre eles. O que é que vou fazer, o que eu não vou fazer? Era algo incomum para alguém que acaba de sair da escola, finalmente um emprego e eu percebi que se eu fosse trabalhar para uma empresa, seria ótimo se eu fosse bem sucedido, mas eu sempre me perguntaria sobre atuar. E se eu atuasse e fosse bem sucedido eu nunca iria querer saber de esse trabalho empresarial.
Então eu tive que dizer à minha chefe que eu não iria com ela. E ela disse: ‘Eu acho que você está cometendo um erro. Eu acho que você vai viver para se arrepender. ‘
Mas mesmo assim eu parei e comecei um trabalho temporário para fazer face às despesas.
Eu trabalhava na livraria Borders Bookstore apenas com um salário mínimo, usando uma gravata e um crachá, por trás do balcão … Eu valorizo a experiência que eu tive por trás deste balcão, porque para fazer esse negócio funcionar, você precisa da alma de um artista, mas o pulso de um burocrata. Se você está esperando por sua oportunidade, à espera da sua sorte, mas não estiver disposto a voltar para casa a cada noite depois de um longo turno no restaurante e colocar sua foto e currículo em um envelope para enviar para os agentes e produtores, se você não o fizer, ninguém vai fazer por você “
Então, ele atinge o final, do ponto de vista financeiro. Wentworth olhava sua coleção de CDs todo mês. “Eu estava tentando determinar o que eu não me importaria em empenhar para pagar o aluguel. E eu percebi então que eu sentia a necessidade de atuar como respirar e não conseguia ficar longe disso.”
Wentworth frequentou aulas de atuação em Los Angeles, durante cerca de dois ou três anos até cerca de 2002. Não foi realmente um curso de formação. Ele aprendeu através desses cursos, que “alguns atores vão lhe dizer que estão perdidos em seus personagens. Acho que, para mim, fazer teatro é o equivalente a descoberta de si mesmo através de seu personagem. Isto permite-lhe explorar seus sentimentos ou seu ambiente, aquilo que não lhe é permitido expressar normalmente. Eu penso que, em geral, a escola de teatro é realmente o lugar onde as crianças de classe média vão para superar a sua educação burguesa, um período da vida quando lhe dizem o que é, e o que não é, apropriado. Claro, isso agradou-me, porque todo mundo quer ser inadequado e por que não ser pago por isso?”
Ele pôde garantir trabalho remunerado em séries como “‘Buffy the Vampire Slayer” (1998) no qual ele interpretou Gage Petronzi (capitão da equipe de natação que se transforma em monstro do mar no episódio “Go Fish”). Um papel em ‘Time of Your Life”, no qual ele interpreta Nélson (1999) no episódio “Time the truth was told”. E nada mais pelo resto do ano.
Todos estes trabalhos eram incertos, precisou depois de seis meses, retornar ao seu posto de trabalho como estagiário na empresa de produção anterior. Falando de sua antiga chefe, ele disse: “Ela não fez uma graça de me dizer ‘eu te disse’. Trabalhei como temporário para muitas pessoas na indústria do entretenimento. Passei três meses escrevendo contratos para os agentes que trabalhavam para uma grande agência, que foi difícil, mas estou feliz que eu tinha essa perspectiva. Havia algumas pessoas que esperavam uma atitude correta e eu faço exatamente o que um assistente faria, mas a maioria deles geralmente apenas diziam que eu estava sentado ali, esquentando a cadeira. Então eu li muito e ficava meio desapercebido misturado ao papel de parede. Foi a principal qualidade que eles gostaram de mim, como um temporário. Eles não querem alguém acenando em todas as direções ou que faz “rodinhas”. Às vezes eu acho que eu deveria tentar obter um diploma de Direito. Eu desperdicei todo esse tempo (risos).
Ele trabalhou como produtor/associado para Hill/Fields Entertainment, bem como outras redes e empresas, e tem o crédito para programas de TV como Gone in the Night (1996), Shaunessy (1996) e Vows of deception (1996). Os produtores que trabalharam nestes projetos foram Bernadette Caulfield, Joel Fields, Ardythe Goergens, Leonard Hill e Susan Rosner, com quem, provavelmente, ele trabalhou como estagiário.
A diferença entre a primeira vez que ele trabalhou como estagiário, é que desta vez ele está tentando se tornar um ator. Depois de “Time of Your Life”, ele continua em audições por alguns meses até 2000, quando ele apareceu em dois episódios de “Popular” no qual ele interpreta Adam Rothchild Ryan, um novo estudante misterioso que quer ser o primeiro líder do sexo masculino de um grupo de cheerleaders, e que fará qualquer coisa para conseguir seu objetivo, foram dois episódios – All about Adam e Ch Ch Changes. Dois meses mais tarde, repete seu papel de Nelson em outro episódio de “Time of Your Life”, intitulado “The Time They Got E-Rotic”.
Quatro meses depois, ele apareceu em “E.R – Emergency Room” (Plantão Médico) na pele de Mike Palmieri, um jogador de futebol da High School, que depois de ser fatalmente abordado na sequência de um jogo é levado para um hospital com sangramento no coração. Durante esse ano, ele também apareceu como Paris, o prometido à mãos de Julieta, em “Romeu e Julieta” uma peça dirigida pelo diretor britânico Colin Cox, com quem ele vai trabalhar mais tarde na will & company, como um parceiro para produções teatrais.
Durante esse período ele também trabalhou como assessor de impressa para The National Asian American Theatre Company (NAATCO), em Nova York. Valiosa experiência que vai ser conveniente para a promoção de seus filmes e seus planos na televisão. O ano de 2000 foi movimentado, durante o qual ele trabalhou em várias séries televisivas e filmes.
O único projeto em que estava envolvido em 2001 é um curta-metragem chamado “Room 302″, de Erma Elzy-Jones, uma diretora negra. Ele desempenha o papel de um garçom, que atende duas mulheres que passam a maior parte do seu tempo a confrontar seus medos e sentimentos mais profundos, após o choque do veredicto de OJ Simpson.
Aparentemente foi difícil encontrar um lugar para si mesmo no sistema de Hollywood.
Ele recorda: “Todos os dias eu senti a necessidade de definir-me aos outros para que eles mesmos me definissem … Então você chega a Hollywood, o processo de audição é você dizendo: ‘Bem, como você pode me ver?’, ‘Onde posso entrar?’ E assim em cada vez que você vai lá.”
Naturalmente, seus pais estavam preocupados, segundo ele, “Quando eu tive meus períodos de desemprego, recebi este tipo de e-mail de meu pai: “Eu vi que a polícia de Los Angeles tem um programa de recrutamento. Talvez seja algo que possa interessá-lo, você deve dar uma olhada.” Mas não, ele se mantém longe de seus pais, dizendo: “Eu aprendi a interpretar um texto em Princeton, que ajuda a interpretar um texto de script. Ele lembra: “Isto é o que eu disse aos meus pais quando eles começaram a perguntar onde estava todo esse dinheiro.”
Ele passa a maior parte do ano trabalhando para a Rede ABC até que um papel de destaque veio. A mini-série Dinotopia, produzida pela mesma rede onde ele estava trabalhando como um estagiário de desenvolvimento.
“Tudo veio como um ciclo completo. Eles estavam procurando os dois irmãos por cerca de dois meses. E eu entrei e li para o papel de Karl e eles disseram: ‘Nós te amamos, nós vamos chamá-lo de volta esta tarde’. Então eu voltei naquela tarde e foi um misturar e combinar o tipo de cenário, onde teve quatro atores para Davi e quatro para Karl. Eles queriam colocar-nos todos juntos para ver quais se encaixavam melhor e em qual personagem. Eu fiz o teste para Karl para a maioria da tarde. E então o diretor, Marco Brambilla, disse, “você sabe, porquê você não tenta David, para ver se ele combina com você?”. Então eu saí para o corredor e li a parte de David para, literalmente, cinco minutos ou menos, voltar, e lê-lo com Tyron Leitso. E dois dias depois, nós dois termos os papéis. Estou contente que funcionou dessa maneira porque, embora ambos sejam grandes personagens, eu fui atraído para o personagem David porque ele consegue voar nas costas dos dinossauros.”
O que atraiu Wentworth no roteiro é que, segundo ele, “James Gurney não criou apenas um mundo de fantasia, também criou um código moral. É um mundo que prega a tolerância para com os outros, onde as pessoas são incentivadas a se tornar um com seu ambiente – e assim tentar garantir que o melhor resultado. É uma mensagem importante não só para as crianças, mas também aos adultos, que é fácil de constatar, porque há muitos fãs adultos que levam o mundo de Dinotopia e seu código muito a sério. Fiquei muito atraído por isso e também pelo fato de que é uma produção da Hallmark. Eles fazem coisas de qualidade – são famosos por sua qualidade de entretenimento familiar “.
Os temas da família e comunidade tratados em filmes e produções para a televisão continuaram a incentivar Wentworth fazer uma audição. Nesta época seus pais estavam em processo de divórcio e a noção de família sólida de sua juventude, não era mais o que costumava ser.
Sua primeira experiência de filmar em um papel principal foi desgastante. Ele fez suas próprias acrobacias, ou seja, escalada, natação, cenas de combate, bem como montar vários dinossauros (simuladores). A experiência que adquiriu através da realização de um jogador de futebol e um capitão da equipe de natação já o havia preparado para este papel desafiador do ponto de vista físico. Se considerarmos que na vida real Wentworth é chamado “couch potato”, tranquilo, o seu papel como ator é completamente o oposto – personagens que se transformam de vulneráveis e inativos, em fortes e destemidos.
Durante e após a conclusão das filmagens de Dinotopia, Wentworth aparece nos comentários sobre o show e bastidores de entrevistas para revistas, que também o prepara para as promoções que tem que fazer mais tarde em sua carreira.
Dinotopia é uma das mais caras mini-séries já produzidas e teve excelente aceitação quando foi transmitida pela ABC. A equipe CGI (Computer-Generated Imagery) ganhou um Prêmio Emmy pela qualidade dos efeitos especiais. Após o sucesso, a ABC decidiu encomendar uma série completa com diferentes atores nos papéis principais. Infelizmente a série não vai bem e é rapidamente cancelada. Todas as esperanças que Wentworth poderia ter tido sobre um papel revolucionário foi por água abaixo.
De volta à sua rotina diária e para as audições novamente. Até que ele conseguiu dois papéis. Um deles é o de “Dr. Adam Lockwood” em “Underworld” um filme sobre duas comunidades (vampiros contra lobisomens). Presos entre estas comunidades existem dois seres humanos. O primeiro é o herói, Michael Corvin, um homem que foi mordido por um lobisomem e um vampiro que se torna uma espécie de mistura de vampiros, lobisomens e humanos. O outro homem que está preso nesse meio é o Dr. Adam Lockwood, (papel de Wentworth), que trai e entrega Michael Corvin.
A principio, Wentworth queria desempenhar Michael Corvin, o papel principal mas, perdeu para Scott Speedman. O diretor gostou de Wentworth e lhe ofereceu o papel do médico. Wentworth filma, e em seguida veio um outro papel em “The Human Stain”.
Seria este o importante papel da consagração, que ele tanto esperava?
As lembranças retornam
Quando Wentworth recebe o script de seu agente para The Human Stain, foi lhe dito que o roteiro era perfeito para ele. Ouvindo isto, ele ficou inquieto, por causa do teste e não conseguir o papel. “O que teria que dizer sobre ele?” Ele também estava preocupado com o fato de poder estar agora preso a um único tipo de papel. Ele disse: “Eu queria que ele continuasse me mandando às audições para papéis de qualquer etnias“. Mas finalmente, ele supera sua reserva inicial e foi para a audição.
Ele foi recebido pela diretora de elenco Deborah Aquilla, que disse-lhe que achava que o roteiro era “uma história poderosa e que não era mostrado com muita frequência. Eu disse a ela que eu gostei muito do script, pois ressoou em mim como uma minoria e eu achava que sabia muito sobre o contexto do que estava acontecendo com a personagem.” Ela ficou surpresa e sentia-se desconfortável em perguntar-lhe sobre sua origem racial. Enquanto ela estava pensando, ele apenas sorriu e disse-lhe “o meu pai é negro e minha mãe é branca e que entendia muito do que está acontecendo nesta história por causa de minhas próprias memórias e experiências”. Então, contou a ela sobre o que aconteceu com ele na Universidade de Princeton com o episódio do Cartoon e como ele pode se relacionar com o personagem que se torna, por causa do politicamente correto, um pária aos olhos dos amigos e colegas.
“Tivemos uma grande conversa, quase ótima, por causa do tempo que tínhamos para a leitura real, eu senti que o acúmulo de emoção foi tão grande que eu precisava me entregar – talvez mais do que era esperado de mim para uma primeira audição. Felizmente, essa foi uma daquelas situações onde eu mostrei o melhor de mim naquele dia: eu estava em lágrimas, ela estava em lágrimas, fizemos todas as cenas difíceis do filme, e ela me trouxe de volta em um mês para um teste com Robert Benton”.
Robert Benton também recorda da audição e comenta que Wentworth tem a rara capacidade de manter a calma e, se fosse para fazer um workshop com atores, usaria Wentworth como um exemplo. Em todos os anos (décadas) de direção, ele só pode lembrar de dois momentos especiais que ele se emocionou durante a audição. A primeira foi com Justin Henry, o menino que interpreta Billy no filme Kramer Vs Kramer, que dirigiu e Wentworth. Ambos foram perfeitos para seus papéis.
“Parece estranho mas, eles pediram para eu provar quem eu era, o que eu tinha dito, porque um ator pode dizer qualquer coisa para ganhar um papel. Então eu tive que, literalmente, ir para a Kinko’s com o meu álbum de família e copiar fotografias dos meus antepassados, de meus bisavós até hoje. E eu estava em pé na fotocopiadora a olhar para todas estas faces, pensando no que minha família tinha passado. E eu pensei, meu Deus – é o que tudo isso significou, para que eu conseguir esse papel? E a resposta foi não mas, estranhamente, sim também. Eu realmente senti que era o momento certo, o papel certo e no lugar certo. Quando voltei eles disseram: ‘Você é o nosso homem’. E eu imediatamente abracei a todos na sala. Saí do escritório para a Paramount, onde trabalhei nos últimos cinco anos, e eu pensei que era um momento raro. Senti-me cheio de um sentimento de gratidão. E liguei para minha mãe.”
“Sintia-me incrivelmente honrado em participar de uma história que minha família está disposta a assistir, não só porque eu estou no filme, mas porque trata de questões que afetam nossas vidas.”
Na audição e preparação para o papel, mais uma vez ele teve que pensar sobre o seu passado e quem ele era, sua identidade. The Human Stain “é um filme que me obrigou a questionar sobre a forma como vejo os outros e a mim mesmo e, ainda, sobre a base da minha vida e minhas convicções”.
O personagem de Coleman Silk lhe atrai, porque ele achava que “Ele (Coleman) é brilhante e muito ambicioso, mas ele era completamente definido por seu meio ambiente como um homem negro na América de 1940. É uma prisão e ele decide sair, que é uma coisa muito ousada, arrogante e por fim, destrutivo, porque ele caiu em outra prisão que ele mesmo construiu. Ao passar por homem branco, ele embarca em uma vida que não permite intimidade, porque ele nunca pôde ser completamente honesto com sua esposa. É também uma vida de medo, porque toda vez que ele entra em uma sala, há o perigo de alguém reconhecê-lo e saber quem ele é.”
Wentworth lembra que na preparação para o papel, isso foi importante para ele “como um ator, não era meu trabalho condenar ou justificar o meu personagem. Não podia me ater à sua complexidade. Coleman se sente aprisionado por definições que o reprime e ele precisa fugir. Isso é algo que pode afetar qualquer pessoa e coloca o filme para além das questões raciais.”
Ele foi submetido a um treinamento intensivo de boxe para interpretar o jovem Coleman Silk, durante seus dias de faculdade, antes dele se decidir a negar sua raça, como um homem negro de pele clara e passar por judeu. O jovem Coleman usava o Box como um hobbie. “Foi um regime de treino rigoroso. Eu trabalhei com o mesmo treinador de Denzel Washington para o filme ‘The Hurricane’. Foram três meses de treinamento, cinco dias por semana, de 4 a 5 horas por dia. Este foi seguido por um mês de coreografia. Então, quatro meses de preparação e cerca de 12 horas de filmagem, se transformaram em cerca de 30 segundos na tela.”
Mais uma vez, sua experiência anterior de treinamento físico e papéis ativos viria a calhar para este papel. Mas nada podia prepará-lo para entrar na pele do premiado ator Anthony Hopkins, que interpreta o velho Coleman Silk. “Ele é grande. É uma honra mas, eu também estava preocupado, pensando ‘Como é que eu vou fazer essa abordagem? O homem é uma lenda e sempre fui um grande fã do seu trabalho. E eu me senti como um principiante que precisava adaptar o meu desempenho à altura de Sir Tony e não o contrário, por isso eu saí e aluguei todos os vídeos de Anthony Hopkins que pude encontrar para que eu pudesse roubar alguns pedaços de seus desempenhos e incorporá-los ao meu. “
Quando Wentworth terminou de filmar The Human Stain, os acontecimentos na Universidade de Princeton com o incidente da caricatura sobre Cornel West retornaram à sua mente. Ele escreveu uma carta para Cornel West desculpando-se pelo que aconteceu e informou-o sobre o seu papel em The Human Stain. Ele não obteve resposta.
Voltou aos negócios, os produtores decidiram que ele deveria ajudar na turnê promocional do filme. Essa turnê iria envolvê-lo, e à seus colegas do filme, em diferentes premières em diversas cidades do Estados Unidos, em locais como Chicago, Denver, Nova York e cidades europeias, como Londres e Veneza. Por um raro golpe de sorte, a atriz Anna Deveare Smith que interpreta sua mãe em The Human Stain é amiga de Cornel West, que veio para a estréia em Nova York. “A primeira coisa que ele fez foi me dar um grande abraço de urso, que realmente significou o mundo para mim.”
A experiência de ver-se na tela desencadeou os sentimentos, despertando novamente dolorosas lembranças pessoais. “Quando o vi pela primeira vez no Festival de Veneza, o que eu sentia então era muito embaraçoso – não de uma forma ruim, mas porque você sente que colocou algo muito pessoal e muito particular, em público – algo que havia acontecido entre mim e Jacinda Barrett ou algo que ainda era muito constrangedor para mim, de minha própria vida. E de repente todas estas pessoas se aproximam de mim e falam sobre isso comigo enquanto eu nunca tinha falado, porque para mim esses assuntos são sempre muito pessoais. Questões muito particulares, que eu luto e convivo diariamente.
Eu realmente não sei quem são, mas eles têm opiniões sobre mim – e eu não tenho nenhuma idéia sobre as regras de etiqueta desse trabalho e isso é assustador.”
Apesar de todos estes pensamentos e emoções borbulhando dentro dele, tinha que continuar a promover o filme. Ele fez várias sessões de fotos, entrevistas e conferências de imprensa com seus colegas. Os críticos estavam confusos e curiosos para saber porque um jovem branco foi escalado para o papel de um personagem, supostamente negro, mas de pele clara.
Em inúmeras ocasiões, Wentworth teve que definir sua condição étnica para evitar ser confundido com um homem branco. Ironicamente, Toni Morrison – que esteve envolvida na organização de uma campanha contra Wentworth em Princeton, devido ao seu cartoon – seria a pessoa lhe dar a citação: “Há uma grande citação no romance Beloved de Toni Morrison: As definições pertencem ao definidores e não ao definido. Eu tinha que constantemente me definir para os outros, para não ser definido por eles.”
Ele foi questionado sobre sua opinião sobre o racismo na América e seus pontos de vista sobre as definições raciais. “Tanto quanto ser negro versus afro-americano, eu tenho um problema com o hífen, eu não quero ser africano-americano ou o chinês-americano ou irlandês-americano. Minha família está neste país há várias gerações. Não há nenhuma razão no mundo, para que eu não possa me declarar apenas americano.”
Sua dupla nacionalidade também foi mencionada quando revelou ter passaportes britânico e americano. Acima de tudo, na medida que se preocupa, ele é “Americano, primeiro, por último e sempre.”
Ele também foi questionado sobre a sua experiência com racismo “Meus encontros com o racismo são em situações secundárias, onde eu poderia estar com um grupo de amigos brancos e alguém fazer um comentário que não faria, por exemplo, na minha reunião de família. Deixa um ferimento. Alguém te chamar de “nigger” é como uma faca cravada na barriga. É apenas um pequeno corte, mas causa bastante sofrimento e você pode sangrar até a morte. Então, quando isso acontece, você se depara com um dilema: eu acabo com a festa e faço as devidas correções? E, idealmente, você poderia fazer uma única vez, mas eu tenho coisas melhores a fazer do que educar as pessoas. E assim você desenvolve uma série de cicatrizes.
“Ser mestiço traz um conjunto diferente de desafios. Não que seja mais desafiador do que ser este, aquele ou outro, apenas diferente. Eu nunca tive experiencias realmente extremas, por exemplo, nunca me pediram para pagar uma refeição antes de comê-la ou fui parado por dirigir no bairro errado, no momento errado da noite. Nesse sentido, eu fui muito feliz.”
Um incidente com um jornalista, também lhe mostrou a realidade do racismo e como o vocabulário pode ser poderoso. “Eu tinha simplesmente uma conversa com um repórter, em Nova York e ele me disse: Então você é um ‘Mutt’ (vira-lata, mestiço) e eu lhe disse: ‘Você sabe, acho que o termo ‘mutt’ é profundamente ofensivo. Então ele voltou atrás, e disse: “Eu também sou um vira-lata. Tenho parte da Alemanha e parte da Irlanda. “Isso significa que você é branco”, eu disse a ele. “Mas agradeço por participar!”
Abordado por telespectadores mestiços, Wentworth diz “Muitos deles estavam contentes por verem um representante deles refletidos na tela.”
Em termos de atuação, ele foi questionado sobre quem ele acredita ser o seu maior concorrente, a que ele respondeu “Josh Hartnett.”
E a sua opinião sobre o seu futuro profissional? “Eu digo, com discernimento, se eu fosse esperar apenas compor papeis com a minha etnia eu estaria esperando por muito, muito tempo. Quero aspirar a algo semelhante ao que Denzel Washington faz, que é tentar encontrar scripts escritos para atores brancos ou Jodie Foster quem lê scripts para os atores do sexo masculino. Digo aos meus representantes que podem me enviar para papéis de qualquer etnia ou papéis que foram escritos para caucasianos se a raça não é um problema no filme, acho que etnia dos atores começa a importar se as questões de raça for importante no filme. Se você quiser fazer uma produção toda esquimó de ‘Romeu e Julieta”, digo ‘Deus lhe abençoe, eu não posso esperar para ver.’ Mas, se toda a produção de ”Gone with the Wind” (E o Vento Levou) for esquimó, isso é obviamente um pouco mais problemático.”
Mais uma vez, outro incidente em sua vida, como foi o aparecimento de seu primeiro papel de destaque (Dinotopia) na mesma rede que o emprega ou o encontro com Cornel West, após todos esses anos e resolvendo suas diferenças, desta vez cabe aos responsáveis executivos para os quais ele havia trabalhado antes: “Agora há pessoas que se aproximam de mim em festivais e exibições e dizem coisas como: ‘Você não é aquele que operava a máquina de Xerox? Agora que estou no ponto onde pessoas importantes riem de todas as brincadeiras e piadas que eu faço, eu penso “Você sabe, eu preparei o café para pessoas como você por 6 anos, então eu sei o que é, tanto quanto eu posso, porque vi o outro lado.” O conselho de Wentworth para os executivos do estúdio é que devem ser camaradas com seus humildes subalternos, porque eles não sabem se encontraram com um deles, no caso de uma produção.”
Com toda a promoção e as opiniões, os comentários eram eletrizantes, quase todos os críticos elogiaram sua performance e tinham certeza de que ele seria indicado ao Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante por seu papel no filme. Wentworth estava animado e o filme foi lançado a tempo de ser considerado para uma indicação ao Oscar. A produção esperou com a respiração suspensa … Nada!
Nem uma única nomeação. Parece que os críticos consideraram inadequado Anthony Hopkins como um homem negro, de pele clara e bonita e a “magricela” Nicole Kidman como uma faxineira, demasiado grosseiro e improvável. A academia parecia pensar assim também. Mais uma vez, como aconteceu com Dinotopia, Wentworth ficou fora do que poderia ter sido sua grande oportunidade.
Ele está novamente desempregado a partir de 2003 até final de 2004 e retorna a um ritmo de vida difícil. Durante esse tempo ele estava pensando sobre o que tinha acontecido e fazendo teatro, um musical de William Finn, The 25th annual Putnam Spelling Bee. Uma peça que satirizava as competições de crianças contra crianças para determinar qual deles tem o melhor vocabulário. Nesta versão, os concorrentes adultos não estão lutando apenas pelo título, mas também com as memórias passadas sobre a pressão dos pais para “ser o melhor”. Neste papel, sua Graduação em Inglês e seu amor por Scrabble, vieram a calhar.
Uma mudança de atitude
Na tentativa de garantir trabalho durante 2003-2004 Wentworth aprendeu lições valiosas que lhe resultam em uma mudança de atitude. “Eles me disseram que ‘The Human Stain” ia me colocar em evidência como ator e que o filme iria abrir uma série de portas para mim, mas quando eu tentei passar por essas portas, de repente eu me vi competindo com caras que fizeram Capas de Revistas. Hollywood é muito mais uma história do nome, a tendência atual é rechear seu filme com celebridades. Isso pode ser uma experiencia incrivelmente frustrante. Mas finalmente você tem que fazer isso por si mesmo.”
Então ele faz mais ensaios fotográficos (photoshoots) com fotógrafos renomados e aparece na capa da revista Interview e em várias páginas de revistas de moda, como L’Uomo Vogue e Abercrombie & Fitch, a renovada a edição de Natal.
Sua mudança de atitude também foi em relação à conduzir bem uma audição. “Só recentemente eu percebi que uma das armadilhas da audição era esse sentimento de que você é um hóspede na casa de alguém e ser muito cuidado para não derramar o vinho sobre o tapete. O que você precisa fazer é agir como se você fosse anfitrião.
Eu percebi a diferença entre a maioria dos atores e Anthony Hopkins. A maioria dos atores não poderá fazer escolhas sobre um personagem. Não há nada melhor do que ler um script e ter uma visão de como seria esse personagem, como seria divertido para interpretar e como você vai se vestir e como você vai andar e como você vai comer e conversar e todas essas coisas. A maioria dos atores fazem todas essas escolhas – ou o maior número possível – mas eles fazem isso com um ponto de interrogação sobre eles quando entram na sala durante o teste e eles perguntam: ‘Isso está certo?’, ‘Você gosta de mim?’, ‘está trabalhando?’, e isso os derrota no final. Enquanto que Anthony Hopkins, quando faz uma escolha, o faz com um espaço de tempo ou até mesmo uma ponto de exclamação. Essa mudança de atitude foi fundamental e realmente me ajudou a tirar o máximo proveito da minha audição.“
Ele também observou e analisou o sistema de Hollywood e chegou à conclusão de que “é muito fácil neste negócio de ser um jovem Tom Cruise ou Tom Hanks. As pessoas sabem o que fazer com você, porque eles olham para você e dizem: ‘Ahhhh, um jovem Tom Hanks. Isso já foi tão bem trabalhado, que vou trabalhar ainda melhor desta vez …” Percebendo que ele é diferente, chegou a um acordo sobre qual é seu lugar no esquema das coisas. “Isso é outra coisa, sair desse caminho conhecido, significa que você tem que desenvolver e criar algo que não existia até então.”
Estas mudanças de atitude vão ajudá-lo a conseguir emprego. Em 2004, começou a trabalhar em um curta-metragem chamado “The Hour” (The Confession), do diretor britânico Ash Baron-Cohen , que é filmado em um prisão. Mais uma vez uma ironia do destino estava acontecendo, poucos meses depois, ele foi chamado para um teste para Prison Break. “Quando entrei no estúdio de teste para Prison Break, eu percebi que era o temporário, pelo menos, para um terço das pessoas na sala.” diz ele. “Havia cerca de 30 executivos sentados ali e alguns deles reconheceram-me, da fotocopiadora.”
Parece que a máquina de copiar o tornou famoso entre os executivos de televisão e seria a sua reivindicação à fama sempre que ele os encontrava em audições.
Wentworth recorda que o processo entre a audição e assegurar o papel foi rápido. Ele recebeu o script na sexta-feira, entrou em teste na segunda-feira e ganhou o papel da terça-feira. Ele não teve muito tempo para ficar preocupado porque teve que ir direto para o trabalho. O último grupo de atores que a rede fez testes chegaram perto do final da pré-produção.
Ele é atraído pelo personagem Michael Scofield em Prison Break, porque ele é inteligente, implacável e obcecado. “Eu tinha certeza de que haveria momentos de dúvida, momentos de pensar “O que eu obtive para mim mesmo?. A personagem está em uma posição onde sua inteligência e seu diploma não pode garantir que ele acabe com uma faca entre as costelas. Mas é um bom homem, com uma causa nobre e que o obriga a sujar as mãos.”
Este não é apenas um thriller de ação, é realmente uma história sobre a família: “Até que onde você iria para salvar um ente querido? No caso de Michael, faz todo o caminho até ser preso. É uma grande série em que vamos explorar aspectos da família, o que significa estar comprometido com alguma coisa … sobre o que significa ser um homem.”
O tema da família, da comunidade e ser preso novamente reaparece em sua escolha de projeto mas, desta vez a prisão é real, ao contrário de “The Human Stain”, que era uma prisão psicológica e social. Em Prison Break, ele interpreta um homem branco preso entre duas comunidades de prisioneiros brancos e negros e quando eclode uma rebelião ele é convidado a escolher entre as duas. Ele não escolhe e, como resultado, é odiado por ambos os lados. Será que isso soa familiar?
Considerando sua política de escolha de papéis e as questões da raça na história, Prison Break apresentou um dilema pessoal para Wentworth. Aqui ele estava interpretando um homem branco envolvido em um motim em que ele tinha que escolher um lado. Seja através de sorte ou por desígnio, sua personagem, Michael Scofield, se mantém neutra e, portanto, não está envolvida em qualquer preconceito racial ou à violência.
No final de novembro começaram a filmar o episódio piloto de Prison Break para mostrar aos executivos da rede. O destino do programa depende da força do primeiro episódio. Depois de filmar o piloto, o diretor Brett Ratner foi procurado por Mariah Carey para filmar dois de seus clips musicais - ‘It’s Like That” e “We Belong Together”, ele concordou e decidiu lançar Wentworth como o amante interessado, de modo a elevar sua popularidade. Isso funcionou e, mais uma vez, o zumbido circulou em torno de seu nome.
Muitas pessoas estão se perguntando quem é esse homem bonito e começam a procurar mais informações sobre ele. Eles não tem certeza de quem ele é e, muitas vezes, foi confundido com Hayden Christiansen e Channing Tatum. Novamente, a questão étnica é discutida na net, pois os internautas não deixam de notar a ligação mestiça entre Mariah Carey e Wentworth Miller. Eles, então, perguntam se esta é a razão pela qual ele foi escolhido para aparecer nestes dois vídeos.
A sorte aconteceu novamente quando Wentworth foi escolhido para aparecer nos dois últimos episódios de “Joan of Arcadia” como Ryan Hunter o personagem satânico, que também fala com Deus – como o personagem principal Joan. Mais uma vez, o destino lhe trouxe para a série no final, quando a sobrevivência do show era incerto. Ele já tinha estado em uma situação semelhante com a série “Popular”, em que ele apareceu no final da última temporada, um pouco antes de ser definitivamente cancelada.
Aparecer nos vídeos de Mariah Carey e Joan of Arcadia contribuiu significativamente para aumentar sua popularidade de forma que a rede de televisão, finalmente aprovou e deu Sinal Verde para Prison Break, muitas pessoas estavam olhando pra ele e prestando atenção no seu novo trabalho. Enquanto a empresa entrava em pré produção, Wentworth empresta sua voz em um filme chamado “Stealth”. Ele interpreta EDI um programa de inteligência artificial incorporado em um bombardeiro não-tripulado, que fica danificado quando o avião é atingido por um raio. Na preparação para o papel Wentworth se inspirou no filme 2001: A Space Odyssey (2001: Uma Odisseia no Espaço). “Eu, certamente, tiro o chapéu para o que é, talvez, alguns dos melhores trabalhos de narração (voiceover) já feito, principalmente quando se fala de computadores fora de controle”. Ele também aparece no primeiro episódio de “Ghost Whisperer”, onde interpreta o sargento Paul Adams um fantasma que pede a ajuda de uma médium, a fim de contatar sua família.
Com toda essa exposição em torno dele, decide deixar Los Angeles e aluga uma casa no Millenium Park em Chicago, perto de seu novo local de trabalho.
A promoção de Prison Break foi dolorosamente lenta, mas quando ela finalmente aconteceu, realmente decolou com uma enxurrada de cartazes, clipes promocionais nos cinemas, anúncios de TV, internet e rádio. Wentworth mais uma vez foi o centro das atenções mas, desta vez, como a estrela do show. Nas conferências de imprensa, ele seria questionado sobre seu passado, seu personagem no programa e seu papel em Joan of Arcadia, e se referia como estranhamente poético, pois ele acabara de interpretar uma personagem satânica em Joan of Arcadia e passa para um fantasma (em Ghost Whisperer), exatamente na mesma rede de televisão e no mesmo horário. Ele revela que, antes da audição para o papel de Joan, disse aos produtores de Prison Break, que não seria capaz de reprisar seu papel. Os produtores de Joan não pareciam incomodados. Ele pensou que era lamentável que Joan tenha sido cancelado e quando perguntado, disse que não era responsável pelo cancelamento.
Comparado com as questões que lhe foram colocadas por “The Human Stain”, essas eram ligeiramente diferentes. Os jornalistas perguntaram-lhe mais sobre sua vida pessoal, por exemplo, se é casado ou solteiro. Ele responde dizendo que é solteiro “Eu quero uma pessoa que tem os pés na terra. A namorada ideal pode ser alguém que trabalha neste meio e que possa entender o que você está passando mas, não sendo atriz – que estaria inclinada a ler os scripts comigo, compreender que estou trabalhando como um louco, estender as mãos e aceitar o que faço.”
Eles também questionam sobre a sua personalidade. Ele respondeu: “Eu sou uma pessoa bem chata. Eu vou para a biblioteca, eu leio muito, vou comer algo rápido no restaurante da esquina. Quando eu preciso de boxers vou à Gap e estou literalmente atrás das grades, cinco dias por semana, quando eu tenho um tempo livre eu escrevo roteiros ou histórias curtas ou eu saio para comer com os amigos.” Quando perguntado se trabalharia em comédias, ele diz “ não acredito que seja engraçado, se tenho sido considerado como tal, não é intencional.”
Quando os dois primeiros episódios de Prison Break foi finalmente exibido na Fox em 29 agosto de 2005 sua popularidade disparou. Os críticos mais uma vez, em grande número, cantavam seus louvores afirmando que ele foi bem escolhido para o show e que este seria o seu papel consagrador e mais que merecido. Os índices de audiência foram altos, o maior da Fox desde 1998. Entretanto, em contraste com estes críticos, outros estavam rasgando o filme Stealth para o qual ele fez a voz de EDI. Alguns críticos censuraram seu trabalho, mas houve críticas menores em que comparavam sua voz à de Hall 9000 (de 2001: Uma Odisséia no Espaço) que, de certa forma, foi um estranho elogio uma vez que Wentworth nele se inspirou.
Voltando para Prison Break – grupos de fãs são formados e proclamam o seu amor por ele. As fãs querem saber onde ele vive, se tem uma namorada, onde trabalha, querem persegui-lo. Algumas até conseguem encontrá-lo. Elas acham que é bonito, tímido, educado e sexy. Aquelas que vivem muito longe ou que são incapazes de procurá-lo, fantasiam sobre ele à distância, querem casar e ter filhos. As disputas começaram nos fóruns de discussão da Fox (todos em uma boa diversão, é claro) entre as mulheres que querem sair com ele, dizem: “Esqueça isso cadela, ele é meu!” Em fóruns de discussão gay, caras especulam sobre se teriam um chance com ele. Ele é gay?
Tudo e todas as coisas parecem aumentar e crescer, mas será esse o papel para o qual ele trabalhou tão arduamente?
De maneira que continua a ser visto, entretanto Wentworth é o objeto do frenesi da mídia em torno da série. Ele enfrentou muitos problemas antes e está encarando esse “circo” da mídia com cuidado. Na verdade, ele gosta de ficar “aninhado em Joliet, illionois” longe dos holofotes da mídia. Ele está plenamente consciente de que podem derramar seus corações e almas para o projeto e no final não cabe a eles o tempo que o show vai ao ar, se alguém for contra ou se um prefeito americano pode estar incomodado para sintonizar e assistir. Por esse motivo, ele decidiu se envolver no projeto, mas não se apegar.
É difícil ignorar a quantidade de perguntas e as críticas feitas sobre a longevidade do show. Wentworth também observou isso em conferências de imprensa e comentou que as pessoas olhavam para o título do show e assumiam que era sobre dois caras pulando um muro. Quantos episódios poderia ter? Chateado por essa mentalidade, ele também mencionou que o produtor executivo era inteligente e tinha mapeado toda a história de Prison Break para a segunda temporada.
Credibilidade foi outra questão que um grande número de espectadores e alguns críticos especulavam na história. Mais uma vez, como aconteceu com “The Human Stain”, a autenticidade dos personagens e a história seriam postas em dúvida. A grande questão é Prison Break pode sobreviver a este voto de confiança/credibilidade? Eles serão capazes de manter o público atento e fiel o suficiente para acompanhar a jornada dos personagens? Wentworth, sozinho é suficiente para garantir um grande número de mulheres e homens em sintonia apenas para olhar o “The Pretty”, independentemente da história, mas é o suficiente para garantir a sobrevivência do show?
Independentemente de ele finalmente ter se consagrado ou receber um prêmio, Wentworth se contenta apenas em estar atuando. Sim, ele gostaria de um prêmio, seria ideal – “Mostre-me um ator que não tem a fantasia de um dia receber um Oscar e lhe mostrarei um mentiroso”. Mesmo que não receba nenhum prêmio, atuar no show é algo essencial para ele. “Você tem que amar o que faz e precisa disso, como precisa de ar. E não há mais nada que pudesse me dar a mesma satisfação, do que atuar, então não posso me afastar disso. O caminho tem sido o que foi e demorou tanto tempo para chegar até aqui e não me arrependo um segundo. Não poderia ter sido melhor
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19 comentários:
Amo o trabalho dele, perfeito
Perrfeitoo
Li cada palavra e fico realmente grata por encontrar esse texto.
Sabe, quando PB terminou eu tive certeza de que choveriam propostas para o Wint, mas parece que me enganei, não entendo, ele é um grande ator, quanto a isso não existe dúvidas, além de ter uma beleza diferente, algo inexplicável e notadamente ser um cara incrível.
Mas tenho certeza absoluta que da mesma forma que ele passou por tudo isso e conseguiu a fama tão merecida, novamente vai aparecer uma série ou um filme a sua altura e ele novamente estará na mídia, pois merece.
Novamente, obrigada.
Adorei a materia, e tb acho que deveria ser mais aproveitado.
Vera Clemente
Prison Break está de volta, e, tenho certeza que mais uma vez será sucesso e levará o Wentworth Miller ao topo do sucesso novamente! Ele é merecedor! Um orgulho!
O cara e fantástico não vai faltar trabalho pra ele. Pois é muito esforçado.
O cara e fantástico não vai faltar trabalho pra ele. Pois é muito esforçado.
Ele é perfeito, maravilhoso. A humildade em falar de seus erros e acertos, o faz esse ser humano extraordinário que é. Tenho certeza que trabalho jamais faltará a ele!
Eu sou suspeita para falar dele eu acho ele extraordinário um altor maravilhoso lindo espero q ele consiga vários papéis em filmes sério pq ele merece tudo de melhor eu conheci o trb dele em um momento muito difícil na minha vida eu fiko muito orgulhosa da história de vida dele e de se assumir perante uma sociedade cheia de preconceito amo ele de mais espero q um dia ele venha ao Brasil e eu possa conhecer ele pessoalmente espero tbm q ele leia as postagem dos fãs bjs felicidades e muita sorte.
Muito obrigado por continuarem a gostar dele! é um exelente ator e um Cara do bem!
Sou suspeita p falar dele. Primeiro apreciei aua beleza na pequena participação em Anjos da noite. Depois veio o clipe da Mariah, e finalmente PB. Senti falta e sofri com o final da serie, mas pude apreciar sua presença no filme prazeres mortais. Agora com a volta de PB estou louquíssima aguardando ansiosamente as quintas p mais uma vez apreciar todo esse talento em um cara só!!!!
Amo e o admiro muito. É especial!
Nossq sem comentarios ! Adimiro muito esse ator parabéns
Muito obrigado! Por gostarem do post!
Excelente!!!! Parabéns ao Went e para você Elianai.
Parabéns, tenha muito sucesso na sua careira.
Amei a série prison break
VC e Sarah são meus personagem favoritos❤
Prison Breake é uma linda e maravilhosa série,me encanto toda vez que assisto cada episódio,a personalidade de Michel me encanta muito e sua beleza claro rsrs
Wantworth você é especial,te admiro ainda mais,amo você.
Amo te went,meu sonho é olhar te nos olhos um dia e conversar nem q seja p breves minutos. O teu olhar m encanta,m enfeitiça, eu t amo loucamente
Essa é uma das matérias mais completas que já li sobre o Wentworth Miller! Parabéns e obrigada por compartilhar esse texto maravilhoso conosco!
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